Tuesday 25 December 2012

Ator Jack Klugman, de "12 Homens e Uma Sentença", morre aos 90 anos nos EUA

O ator americano Jack
Klugman, que coprotagonizou a série de TV
"Um Estranho Casal" e era o último
protagonista vivo de "12 Homens e Uma
Sentença", morreu nesta segunda-feira aos
90 anos de idade, informou seu advogado à
emissora "ABC", que completou que o
mesmo faleceu em sua casa, situada em
Northridge, na Califórnia.
Klugman, que teve uma carreira artística de
quase 60 anos, ganhou fama com seus
papeis em duas populares séries de
televisão: "Um Estranho Casal" (1970-75),
uma adaptação do filme homônimo, e
"Quincy, M.E." (1976-1983).
Em "Um Estranho Casal", baseado na obra
de Neil Simon, Klugman vive um jornalista
esportivo. Por causa deste trabalho, que
narra a história de dois divorciados que
vivem juntos, o ator americano ganhou dois
prêmios Emmy.
Em "Quincy, M.E.," série que antecedeu o
êxito "CSI", Klugman fazia o papel de um
legista com um talento especial para essa
função.
Klugman, que era um fumante compulsivo,
morreu de câncer de garganta. Em
consequência de uma cirurgia contra essa
doença, o ator passou a ter uma voz áspera,
a qual lhe garantiu vários papéis em filmes
e séries de televisão, como "The Odd Couple:
Together Again" (1993), e "Deus nos
Acuda!" (1996).
Nascido na Filadélfia no dia 22 de abril de
1922, no seio de uma família de imigrantes
russos, Jacob Joachim Klugman estudou arte
dramática no Instituto de Tecnologia
Carnegie, hoje Universidade de Carnegie
Mellon.
Klugman iniciou sua carreira em 1954 e,
entre seus papéis mais destacados, aparecem
o de "Vício Maldito" (1962), junto a Jack
Lemmon, e "Paixão de Primavera" (1969),
além do de "12 Homens e Uma
Sentença" (1957), no qual representava o
jurado de número cinco. O ator era o
último protagonista vivo dos doze deste
filme.

Tarantino apresenta nos EUA "Django Livre", seu primeiro western

A sangrenta
história de vingança de um escravo negro
transformado em um caçador de
recompensas no Estados Unidos prévio à
guerra Civil conduz o primeiro western de
Quentin Tarantino, "Django Livre", que
chega amanhã às salas de cinema
americanas rodeado por algumas polêmicas.
"Sempre quis fazer um filme que abordasse
o horroroso passado de escravidão dos EUA,
mas não queria fazer um filme histórico,
mas envolver a História em um gênero",
disse à imprensa o diretor, produtor,
roteirista e ator durante a apresentação do
filme em Nova York.
A estreia americana acontece pouco depois
de Adam Lanza cometer em uma escola
primária de Newtown (Connecticut) um dos
piores massacres jamais perpetrados neste
país e, por isso, não demoraram a aparecer
as perguntas sobre a possível influência da
violência do cinema neste tipo de incidente.
"As tragédias acontecem", respondeu
Tarantino, que se declarou "cansado" de
defender seus filmes cada vez que ocorrem
fatos como este, e que o levou a cancelar a
pré-estreia e o tapete vermelho do filme em
Los Angeles, onde acabou exibido apenas
para os atores e seus familiares.
Ao mais puro estilo Tarantino, "Django
Livre" se vale de elevadas doses de sangue e
violência para narrar um dos capítulos
mais obscuros da história dos EUA, um país
que, na opinião do cineasta, "realmente não
quer olhar" para esse passado.
"Muitos westerns ocorreram durante a
escravidão e fizeram o impossível para
evitar o tema, como se costuma fazer
sempre nos EUA", comentou Tarantino,
acrescentando que seu filme "não pode ser
mais espantoso, surrealista ou vergonhoso"
do que foi a realidade.
Fã dos "westerns spaghetti", como foram
batizadas as produções italianas desse
gênero tipicamente americano populares nos
anos 60, Tarantino decidiu fazer seu
primeiro filme "no universo" de um dos
mais reconhecidos diretores dessa escola,
Segio Corbucci.
"Gostei de evocar o nome de Django, pelo
que significa para os 'westerns spaghetti' e
sua mitologia", contou o diretor, fazendo
alusão ao filme rodado em 1966 pelo
cineasta italiano, que deu origem a uma
longa série de sequências que incluem esse
nome, como a do próprio Tarantino.
Django é assim o nome do protagonista do
último filme do diretor de "Pulp
Fiction" (1994) e da saga "Kill Bill" (2003),
um escravo que procura vingar-se dos donos
brancos por cujas mãos foi passando ao
longo dos anos após ser libertado pelo
caçador de recompensas, Dr. King Schultz.
Encarnado com mestria pelo ganhador de
um Oscar por "Ray", Jamie Foxx, o
protagonista de "Django Livre" canaliza seu
rancor associando-se a Schultz
(interpretado pelo também oscarizado
Christoph Waltz) em um trabalho que lhe
permite "matar brancos e que te paguem
por isso. Não há nada igual".
Com a ajuda de seu novo sócio, Django tenta
salvar sua mulher, Broomhilda (Kerry
Washington), da plantação do impiedoso
Calvin Candie, encarnado por Leonardo
DiCaprio.
Para resgatar Broomhilda, Django tem que
invadir a plantação de Candie, onde
ocorrem as cenas mais violentas de um
filme no qual também aparecem estrelas
como Samuel L. Jackson, que interpreta o
fiel servente Stephen.
A escravidão é "uma parte de nossa História
que costuma ser lavada ou perfumada de
uma forma que este filme simplesmente não
faz", declarou Jackson, "encantado" de
voltar a trabalhar com Tarantino depois de
"Pulp Fiction" e "Jackie Brown" (1997).
O filme, que será lançado no dia 18 de
janeiro no Brasil, pode ser o último de
Tarantino, que disse que "após todos estes
anos, e com as novas tecnologias digitais",
acha que não vale a pena seguir assim.
"Além disso, não quero entrar em uma
ladeira de decadência como diretor",
concluiu.

Monday 24 December 2012

Chega a SP exposição com 99 fotos do estúdio Harcourt

Escultor da luz - essa é a forma com que o
Estúdio Harcourt gosta de se definir.
Criador de imagens míticas, especialmente
de personalidades do cinema, o estúdio
francês criou uma técnica que se
transformou em sinônimo de sua marca, ou
seja, todos seus modelos são retratados em
preto e branco e com o mesmo efeito de luz.
O resultado são imagens deslumbrantes,
atemporais e que ressaltam apenas as
qualidades físicas de seus retratados. Um
bom exemplo dessa beleza poderá ser visto
na exposição "Harcourt, Escultor de Luz",
que abre no dia 8 de janeiro, no MuBE.
São 99 retratos de personalidades da
política, moda, música, dança, esporte e,
claro, do cinema, figuras como François
Mitterrand, Alain Delon, Marlene Dietrich,
além de brasileiros como Gloria Pires e
Gustavo Kuerten. "Uma foto assinada pelo
estúdio Harcourt se distingue de outras logo
de cara", afirma Yann Lorvo, diretor geral
da Aliança Francesa do Brasil que, ao lado
da L’Oréal, trouxe a exposição ao País.
"Nela, encontramos um dom da encenação
para criar uma atmosfera à altura do
modelo."
De fato, alguns detalhes são característicos
da marca Harcourt - a começar pela
maquiagem, que "veste" o rosto, ressaltando
suas perfeições que serão sacralizadas pelo
facho de luz. Todas as imagens são
corrigidas em laboratório, onde detalhes
antiestéticos são consertados ou mesmo
apagados. Afinal, não se realiza ali um
retrato comum, mas uma obra de arte. A
imagem da atriz e modelo Laetitia Casta,
por exemplo, evoca o rosto de bronze
esculpido por Brancusi, "A Musa
Adormecida".
O estúdio foi fundado em 1934, em Paris,
fruto da união de Cosette Harcourt,
especialista em fotografar retratos, com os
irmão Lacroix, donos de jornais que
precisam de imagens para publicar. Ao
grupo, uniu-se Robert Ricci, filho da
estilista Nina Ricci. Como diretora, Cosette
logo desenvolveu o estilo do estúdio,
marcado pela estética do cinema.
Até 1968, quando deixaram o estúdio,
Cosette e os irmãos Lacroix retrataram
inúmeras personalidades a partir de um
arquétipo de beleza atemporal, que confere
uma certa semelhança a todos os retratos,
formando uma iconografia que nega as
rupturas históricas ou sociais. Por conta
disso, não havia quem não se interessasse
em passar uma tarde posando. "Na França,
não é ator quem não foi fotografado pelo
estúdio Harcourt", disse, certa vez, o
sociólogo Roland Barthes, referindo-se ao
fato de, a partir da 2ª Guerra Mundial,
quase todas salas de exibição ostentavam
fotos dos artistas nas paredes. Sempre com a
assinatura Harcourt. As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
HARCOURT, ESCULTOR DA LUZ
Local: Museu Brasileiro da Escultura (Av.
Europa, 218).
Abertura: Dia 8/1, 19 h. Grátis. Até 28/1

Livro que deu origem ao filme 'Lincoln' ganha tradução

A editora Record lança em janeiro o livro
que deu origem a "Lincoln", filme campeão
de indicações ao Globo de Ouro e um dos
favoritos ao Oscar. Escrito pela premiada
historiadora Doris Kearns Goodwyn, o livro
analisa as estratégias do presidente
americano, assim como sua compreensão do
comportamento humano, e as alianças que
construiu em seu governo. Trata-se de uma
detalhada biografia de um dos mais
emblemáticos presidentes dos EUA. Lincoln
serviu de base para o filme de Steven
Spielberg, estrelado por Daniel Day-Lewis,
que estreia no Brasil dia 25 de janeiro,
junto com o lançamento do livro. As
informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.

Sunday 23 December 2012

Morre Peter Wapnewski, germanista e estudioso do compositor Richard Wagner


O germanista alemão Peter

Wapnewski, considerado um dos maiores especialistas no

estudo sobre o compositor Richard Wagner, morreu aos

90 anos em Berlim, informou neste domingo o jornal "Der

Tagesspiegel".

Wapnewski, reconhecido por seus trabalhos sobre a

significação dos mitos germânicos medievais e sua

transcendência na música e a obra wagneriana,

contribuiu para popularizar este universo através de

inúmeras adaptações para relatos radiofônicos da

"Canção do Nibelungo" e outras peças lendárias.

Nascido em 7 de setembro de 1922, em Kiel, no norte da

Alemanha, filho de um oficial da Marinha, iniciou os

estudos de Filologia na Universidade Técnica de Berlim,

e a exerceu como professor em Heidelberg, no sudoeste

do país.

Foi membro destacado da Academia Alemanha de Língua

e Literatura e da Academia de Belas Artes de Berlim,

assim como fundador do Instituto Cientista, na capital

alemã.

Em 2002 publicou seu primeiro volume de memórias, no

qual revelou pela primeira vez seu passado como

membro no partido nacional-socialista de Adolf Hitler,

questão que suscitou polêmica no mundo acadêmico e

reabriu o recorrente tema da fascinação pelo mundo

wagneriano durante o nazismo.

O prefeito-governador de Berlim, o social-democrata

Klaus Wowereit, elogiou Wapnewski hoje e seu legado

intelectual, assim como sua contribuição à Filologia e o

estudo dos grandes mitos germânicos.